Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2008

Jeff Beck: a evolução da guitarra - Parte 1

Uma de suas características marcantes é não trabalhar sempre com o mesmo estilo musical, optando por uma fusão de gêneros que vão desde o jazz ao rock n' roll com um toque pessoal. Jeff Beck (Geofrey Arnold Beck) nasceu em 24 junho 1944, pouco antes do fim da II Guerra Mundial. Cresceu em Wallington, Inglaterra. Beck estourou na cena musical em 1965 depois de se integrar à banda Yardbirds, substituindo o guitarrista Eric Clapton. Embora esse casamento tenha durado apenas 18 meses, ele tocou em quase todos os hits do grupo e seu estilo inovador ajudou a influenciar o som psicodélico dos anos 60. Deixou a banda em 1967 e formou o “Jeff Beck Group”, que incluía Rod Stewart nos vocais e Ron Wood no baixo, iniciando uma viagem de descoberta musical que durou quase quatro décadas. O guitarrista começou sua carreira explorando o lado mais pesado do rock, mudando de direção em 1975 com os inovadores álbuns de jazz-fusion, "Blow by Blow" e "Wired". Produzidos por Sir Ge

Sonny Terry e sua gaita percussiva

Saunders Terrell, mais conhecido como Sonny Terry, nasceu no dia 24 de outubro de 1911 em Greensboro, Carolina do Norte. O gaitista perdeu a visão ainda jovem e por não poder trabalhar nas plantações de algodão acabou ganhando a vida como músico desde cedo. No início acompanhou o bluesman Blind Boy Fuller e após sua morte estabeleceu uma relação de longa data com o violonista Brownie McGhee. Eles ficaram bem conhecidos durante o movimento folk das décadas de 50 e 60. Suas primeiras canções foram "Old Jabo", que fala de um homem mordido por uma cobra e “Lost John”. Apesar de ser conhecido como um gaitista de folk e blues rural, na década de 40 ele esteve à frente de uma “Jump Blues Band” que incluía saxofone, piano, etc. Suas músicas e sua gaita percussiva somada a imitações de trens e uivos de raposas foram usadas em vários musicais, filmes e curtas, incluindo “Finian’s Rainbow” (uma comédia musical da Broadway), “Crossroads” (A Encruzilhada) e “The Color Purple” (A Cor Púr

Galactic: O funky/jazz de New Orleans

Formada em 1994 a banda desenvolve um som inovador, mesclando seu orgânico funky de New Orleans ao hip hop, eletrônica, word music, rock, blues e jazz. Fazem parte do grupo o guitarrista Jeff Raines, o baixista Robert Mercurio, o baterista Stanton Moore, o saxofonista e gaitista Ben Ellman e o tecladista Rich Vogel. Em 2004 o vocalista Theryl DeClouet se desligou da banda e agora eles continuam como um quinteto instrumental. Uma particularidade no som do Galactic é a utilização de efeitos e filtros por todos os instrumentistas, sempre na dose certa e com muito bom gosto. Incluindo o baterista Stanton Moore que alem de criar novas texturas também toca sobre samplers de variados ritmos, enriquecendo ainda mais essa sonoridade tão eclética. Frequentemente em turnês, já dividiram o palco com Live, Counting Crows, Allman Brothers Band, The Roots, Fusebox Funk, BB King, Mike Doughty, Gift of Gab (do Blackalicious) e Jurassic 5. http://www.galacticfunk.com Discografia Oficial: • Coolin'

A arte e a superação de Leadbelly

Huddie Ledbetter, conhecido como Leadbelly (barriga de chumbo), nasceu em Mooringsport, Lousiana, em 1889. Tocava piano, acordeom, gaita, bandolim e violão de seis cordas, mas seu instrumento preferido era o violão de 12 cordas. Além de cantor e compositor de blues também interpretava música gospel, temas infantis, work-songs, baladas folclóricas, country e canções populares. Seu jinks, gíria do blues para algo como “azar” ou “maldição”, era implacável. Ele mesmo admitia ser “um rapaz mau e terrível”. Leadbelly foi condenado até por homicídio e estupro e passou algumas temporadas na prisão. Mas o blues o salvou, ele soube superar seus problemas através de sua arte. John e Alan Lomax, caçadores de sons que percorriam o sul dos Estados Unidos com o seu gravador recolhendo música folclórica, encontraram o bluesman em uma penitenciária na Louisiana e daí em diante a maré de azar passou. O ex-marginal tornou-se uma estrela. Em Nova York tocava para universitários, em clubes e fazia program