José Tavares da Silva tornou-se Tavares da Gaita quando trabalhava numa sinuca, nos anos 70, e encontrou um "realejo” (gaita) numa gaveta.
Aprendeu a tocar e o apelido pegou. Trabalhou como sonoplasta em uma companhia de teatro mambembe e criou vários instrumentos para a função. Continuou fabricando-os por muito tempo e vendendo-os inclusive para o exterior. Tem um CD que se chama "Sanfona de Boca". “Se não fosse a música, o que seria da gente? A vida é música.”
Nasceu em 10 de março de 1925, em Taguatinga do Norte. Depois de viver na cidade natal de seu pai, Toritama, mudou-se para Caruaru em 1957. Quando criança já participava de bandas de música e de forró, tocando triângulo, reco-reco e ganzá. Mesmo tendo se tornado um virtuose no instrumento, Tavares inventou uma maneira de tocar a gaita de modo que ela soe como uma sanfona e manteve-se polivalente. "Estava numa depressão, deu aquela loucura, queria quebrar tudo do meu currículo e minha mulher não deixou. Queria acabar com tudo, não valia de nada. Mas isso é da vida de artista mesmo. A gente faz, faz, e não é recompensado, daí vem a depressão. A vida de artista é sempre assim de altos e baixos”.
Discografia:
Sanfona de Boca (2003)
http://www.imusica.com.br/album.aspx?id=5183
Documentário:
http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=1807#
http://www.somdarua.com.br/artista.php?codArtista=28
Comentários
E um ótimo fôlego.
Independente do ritmo a harmonica dele é atualíssima.
abraço