O “Minas Harp Especial: Joe Filisko” foi antes de tudo um belo aprendizado para todos os gaitistas mineiros. Filisko com certeza plantou sementes que darão bons frutos no futuro.
A começar pelos workshops promovidos pela UFMG que foram divididos em dois níveis durante dois dias (06 e 08 de outubro). Com uma boa média de público pra uma semana que só choveu em BH, alunos iniciantes puderam trabalhar diferentes linhas de shuffle, efeitos de sonorização e postura. Paralelamente alunos de violão faziam o mesmo trabalho com Steve Doyle (renomado guitarrista americano). No último dia eles misturaram as turmas e foi possível para muitos, gaitistas e violonistas, tocarem seu primeiro blues. Para o nível intermediário foram abordadas diferentes progressões e grooves (boogie, shuffle, box shuffle, etc.), o uso das mãos para colorir o som dos gaitistas, dinâmica e embocadura (tongue).No último dia Filisko analisou individualmente todos seus alunos de nível intermediário, mostrando detalhes a serem corrigidos e aspectos positivos de cada um.
Quarta-feira, 07 de outubro, de baixo de um temporal, tinha bastante gente no show do Conservatório Music Bar. Filisko iniciou ao lado de Steve Doyle uma bela apresentação acústica de clássicos do blues rural e da música folk americana. Em seguida chamou a Ferrari Band para uma inesquecível Jam. A banda é formada por Rafael Carneiro na guitarra, Christian Weber na bateria, Léo Javali no baixo e Márcio Durães no vocal. Alem de Leandro Ferrari que foi convidado a subir ao palco e fazer uma energética canja com Joe e Steve. Sem negar suas raízes e ao mesmo tempo mostrando suas inovações ao usar pedais de guitarra em seu som, foi possível fazer uma interessante mescla entre o tradicional e o novo. Foram sorteados durante o show kits da Bends; inclusive Filisko levou o seu para casa!
Na sexta aconteceu o workshop da Pro Music, também com excelente público. Filisko abordou os mais importantes tópicos dos workshops anteriores e respondeu todas as dúvidas de alunos iniciantes e de nível intermediário. Pra terminar mostrou as principais características de todos os mestres (Little Walter, Big Walter, Sonny Boy I e II) indicando caminhos para estudos e pesquisas a cada um que ali estava.
No final, depois de tanto trabalho, foi tomar uma caipirinha e conhecer um pouco mais do chorinho e do samba na noite belo-horizontina, já que aqui no Brasil temos muito a aprender, mas a ensinar também.
Fonte: Minas Harp Produções
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