Foi o hip hop, desde o final dos anos 70, que primeiro introduziu as estratégias radicais de colagens musicais criadas inicialmente no ambiente erudito do GRMC, para massas cada vez maiores. Primeiro com os scratchs, arranhões sobre os discos dos outros (ousadia suprema, muitas vezes entendida tanto como desrespeito, mas que na verdade sempre foi uma homenagem). Em seguida, produtores de hip hop como Arthur Baker, Hank Shocklee, Marley Marl e Prince Paul desbravaram o uso do sampler como instrumento para piratear pedaços de outras músicas, e qualquer outro tipo de sons concretos, transportando-os para faixas de novos discos. Músicos tradicionais não gostaram da novidade achando, com alguma razão, que iam perder emprego, ou que deviam ser pagos pelos "piratas" a peso de ouro, quando não desprezavam abertamente o que o hip hop fazia como não-música. Hank Shocklee, produtor dos melhores e mais influentes discos do Public Enemy, partiu para o contra-ataque: "Não gostamos de ...