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A criação da personagem Annie Mae deu origem ao CD “Fat Nasty”. Inspirada na canção homônima de John Lee Hooker (http://www.youtube.com/watch?v=6biSPNE3U2s)
e nas garotas de Gil Elvgren1, esta personagem é uma síntese deste novo trabalho. Resolvemos, eu e o designer Marcão Freak, não seguir à risca os modelos de Pin-ups de Elvgren, com coxas torneadas, nádegas de linhas suaves e seios firmes e belos. Annie Mae tem vida e idéias próprias, não segue os padrões de beleza arquétipo esquelético imposto nesses últimos anos. A personagem preza a mistura do velho e do novo, recria o conceito original de Pin-ups, rompe barreiras musicais e estéticas e vive o mundo moderno com toda sua violência, erotismo e globalização das artes.
Outro ponto de partida foi o filme “Godfhaters and Sons” dirigido por Marc Levin e produzido por Matin Scorsese. Em uma viagem a Chicago a lenda do hip-hop Chuck D, membro do Public Enemy, e Marshall Chess, filho de Leonard Chess, exploram os dias áureos do blues na cidade. Eles produziram um álbum com parcerias entre grandes nomes da história do blues e músicos contemporâneos de rap. Duas grandes referências para este CD foram: o grupo inglês Alabama 3 e o DJ francês Ludovic Navarre (St. Germain), trabalhos que flertam com blues, country blues, dub, house e eletrônica.
Miserable Feeling e Old Man são canções totalmente inspiradas na música “Sure Thing” de St. Germain. Miserable Feeling contém elementos de “Wednesday Evening Blues” de John Lee Hooker (http://www.youtube.com/watch?v=dAV80Dh-qxg)
e Old Man elementos de “Done Got Old” do guitarrista Buddy Guy. (http://www.youtube.com/watch?v=XO6AY8lURig)
Blind Dog e Electric Ladyharp mesclam o blues rural e riffs marcantes à batidas tribais de hip-hop. Bad Side é Miles Davis com pitadas de Mark Ford em roupagem hip-hop. Gangsta foi inspirada no riff de “Spoonful” de Willie Dixon e a letra faz referência justamente à personagem Annie Mae. Soul of a Man, uma homenagem ao filme “The Soul of a Man” de Wim Wenders, é uma feliz mistura de soul e dub. Good Day to Die2 é uma música “ambient” e sombria com influência da Banda Morphine, fala sobre a forte presença do blues em minha vida e como, do meu jeito, sempre estive ao lado do blues. Don’t Stop The Train também é uma mistura de blues rural e hip-hop; é sobre o trem da história e de como viver plenamente seus velhos sonhos. Fat Nasty é um música “funky” e dançante, referenciando comportamento e tabus da década de 50, onde o erotismo prevalecia quando se tratava de rock ‘n roll. Sou acompanhado neste CD pelo músico Marcelinho Guerra. Nós assinamos todas as faixas e tocamos os instrumentos. Os “beats” são programados e além da gaita e efeitos faço os vocais do CD. As gravações foram realizadas no Estúdio Elétrico, em Belo Horizonte, com produção assinada por Marcelinho Guerra.
Como em trabalhos anteriores, a harmônica é só mais uma ferramenta em minhas mãos para reproduzir e colorir minhas idéias e desejos. Portanto “Fat Nasty” não é um CD de gaita. Há alguns anos gosto de mesclar diferentes facetas do meu trabalho. Todos me conhecem como gaitista, mas além de tocar harmônica gosto de compor, criar conceitos, produzir, pesquisar e cantar. A minha verdade é colocar a música antes do instrumento.
Tenho pesquisado e observado a reação das pessoas em relação ao som da gaita. O que mais as chama atenção e fascina? Conclui que seja a gaita ou qualquer outro instrumento de sopro, o que vale é o timbre e não as frases em si, Miles Davis já sabia sobre tal fato há muito tempo. Por que um trompetista ou um gaitista encanta com apenas três ou quatro notas seus ouvintes? É isso; o timbre de um instrumento de sopro bem tocado é mais poderoso que qualquer frase. Daí o conceito de como usar a gaita neste CD. Explorar a sonoridade da harmônica e não frases virtuoses para encantar os “entendidos” do assunto. “Fat Nasty” é para leigos, curiosos, sem preconceitos e amantes do inusitado.
1Considerado por muitos críticos e especialistas do gênero como o maior ilustrador americano de Pin-ups, mesmo quando comparado a colegas mais famosos, como Vargas. Em sua prolífica carreira produziu por volta de 500 ilustrações, entre os anos 30 e 70, em sua grande maioria para agências que as utilizavam para ilustrar calendários, brindes ou anúncios.
2“Good Day to Die” ou “Hoka Hey” é um cumprimento Sioux que significa: "Bom dia, está um belo dia para morrer!”.
Comentários
Aguardemos mais algumas horas....
O CD, físico, é pra quando?
abraço,
Renato
Uma pinup peituda e tatuada.
OOOOOOOOOOHHHHHHHHHHH YEAAAAAAAAAHHHH
;-)
O Link para download está aqui:
http://www.megaupload.com/?d=FHEFR925
O CD, físico é para daqui a 30 dias com show de lançamento!
ABS!
Quando o CD sair do forno vai rolar turnê MUNDIAL de lançamento?
Concordo com o amigo Leo aí em cima, A melhor capa.
Só não dá para chamar de CD de blues, né?
Tem blues também, os pés tão lá, mas a cabeça tá antenada.
Parabéns!!!
Abraço,
Renato
A turnê mundial vai passar por BH certamente...rsss!!! Os ensaios já começaram!
http://www.youtube.com/view_play_list?p=1BD969B55A557847