Situada no ano 2071, a história de um grupo de caçadores de recompensa, que viajam na espaçonave Bebop, é contada em 26 episódios, onde há ação, aventuras, crimes e tragédias. A série explora vários conceitos filosóficos, incluindo existencialismo, solidão e tédio. Com muitos cenários e profundos personagens combinado com a ótima fluidez da trama (profundamente baseada na cultura americana, principalmente nos movimentos do jazz da década de 1940, e com o nome dos personagens sempre tipicamente americanos, e nunca japoneses como é comum) e várias sequências de ação, o anime tornou-se popular no Japão e posteriormente nos outros países, com um considerável número de espectadores. A Bandai licenciou Cowboy Bebop nos Estados Unidos. Duas séries de mangá foram criadas a partir da série de TV, que não foram feitas por Watanabe, mas por Yutaka Nanten. Em 2001, Shinichiro Watanabe dirigiu um filme baseado na série, que foi lançado pela Sony Pictures.
Todas (ou quase todas) as canções presentes em toda a série e filmes, são compostas e executadas pelo grupo The Seatbelts – meio japonês, meio novaiorquino – encabeçado pela cantora e compositora japonesa Yoko Kanno. Yoko é tida constantemente no meio da game music e da música pop japonesa como um dos maiores gênios vivos da atualidade. São inúmeros seus trabalhos, sendo mais frequentemente reconhecida por trabalhos em animações mais “mainstream”, principalmente Vision of Escaflowne, Cowboy Bebop e Wolf’s Rain. Também contribuiu com o clássico dos games Romance of the Three Kingdoms, e recentemente compôs uma trilha da segunda versão do hit MMO Ragnarök Online, onde criou uma das possíveis obras-prima perdidas da música moderna: Pub (no original coreano, Sakaba), um jazz notadamente dixieland com vocais engraçadamente graciosos de Tada Aoi (dubladora de Ed em Cowboy Bebop), cuja letra bastardizada passeia por pelo menos 10 idiomas, entre alemão, italiano, espanhol, inglês, japonês, francês, coreano, russo... E musicalmente viajante, acima de tudo. Brilhante. E nas parcerias, ela surpreende sempre com boas escolhas vocais, de diversas frentes. Em Cowboy Bebop, a emocionante Rain com Steve Conte; Em 23ji no Ongaku, encabeça parceria (já haviam trabalhado juntas, mas não como um duo) com Maaya Sakamoto (ótima voz e excelente violonista clássica por formação), e inusitada pois passeia por bossas, rocks e até drum ‘n bass (a incrível Pepper Strech); em Wolf’s Rain, o encerramento da segunda temporada que surpreendeu muitos fãs brasileiros, Coração Selvagem, um samba interpretado pela descomunal Joyce; E a preferida de Yoko, Gabriela Robin, sempre presente nas canções mais líricas com sua linda voz de soprano clássica… Mas surpresa: Gabriela Robin é um pseudônimo da própria Yoko, embora nunca admitido.
Fonte: Renato Rezende e Fabio Lana
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